A Consagração do Arrocha na Bahia
Pablo, natural de Candeias, expressou sua alegria com a ascensão do arrocha durante uma coletiva de imprensa do Festival Virada Salvador, realizada na madrugada desta segunda-feira (29), na Arena O Canto da Cidade, em Boca do Rio. O artista, aclamado como o ‘Rei da Sofrência’, utilizou a ocasião para defender o reconhecimento do gênero musical como patrimônio imaterial da Bahia.
Após uma sessão de perguntas e respostas com jornalistas, Pablo foi o primeiro a se apresentar na noite, logo após o show de Simone Mendes. Reconhecido por sua contribuição significativa à música baiana, ele falou sobre como o arrocha enfrentou desafios no início de sua trajetória, mas conseguiu se consolidar e conquistar diversas gerações e classes sociais ao longo do tempo.
“Puxa, fico muito feliz. Primeiro, esse gênero musical enfrentou muitas críticas, com pessoas afirmando que era algo passageiro. Me sinto honrado por ter defendido e carregado essa bandeira até aqui”, comemorou o cantor.
O Reconhecimento do Público e a Evolução do Arrocha
Pablo também enfatizou a importância do reconhecimento do público baiano e o respeito que conquistou ao longo dos anos. Ele observou que o arrocha não só se firmou no estado, mas conseguiu ultrapassar fronteiras e alcançar uma audiência diversificada. “As pessoas naturalmente me dão esse título de ‘Rei da Sofrência’. Sou muito grato pelo respeito que as pessoas têm por mim e pela nossa música. É gratificante saber que o arrocha conquistou diferentes idades e classes sociais”, afirmou.
Durante a coletiva, o cantor abordou a questão do reconhecimento oficial do arrocha e destacou que as letras e o conteúdo das músicas foram cruciais para a solidificação do estilo. “Temos desafiado a noção de que seria algo temporário. Falamos sobre amor, e isso é algo que ressoa com todos. Não fazemos apologia a comportamentos negativos, e é por isso que o arrocha se tornou um estilo musical respeitado. Tenho orgulho de afirmar que é um gênero da nossa Bahia”, concluiu.
