Reestruturação Financeira Bem-Sucedida
Na noite de segunda-feira, 29, o Grupo Casas Bahia anunciou a conclusão de um importante plano de transformação em sua estrutura de capital, culminando na liquidação da 11ª emissão de debêntures, totalizando R$ 2,4 bilhões. Essa reestruturação resulta na redução de aproximadamente R$ 3 bilhões em seu endividamento, além de uma expectativa de economia de R$ 4,7 bilhões em despesas financeiras e amortização de principal, projetadas para o período entre 2026 e 2030.
De acordo com a empresa, essa operação não apenas melhora o perfil de risco de crédito da companhia, mas também aprimora as condições de negociação com fornecedores, seguradoras e potenciais credores. Com isso, a Casas Bahia espera uma significativa redução nos spreads de crédito, o que pode facilitar novos investimentos e expandir suas operações.
Nova Estrutura Acionária e Aderência do Mercado
A nova configuração acionária, após a conversão das debêntures, determina que os acionistas atuais manterão 44,3% das ações, enquanto os detentores das debêntures conversíveis da 11ª emissão contarão com 55,7%. Essa mudança demonstra um esforço da empresa em reter a confiança dos investidores e fortalecer sua base acionária.
Em um fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a administração da companhia destacou que a oferta de debêntures teve a adesão de 90,5% dos titulares da 10ª emissão, totalizando R$ 2,4 bilhões. A liquidação contemplou quatro séries de debêntures, incluindo as 1ª e 4ª, não conversíveis em ações e com garantia real, além das 2ª e 3ª, que são conversíveis em ações da empresa.
Condições Suspensivas e Alterações Contratuais
Segundo as informações divulgadas, a liquidação financeira da 11ª emissão era uma condição suspensiva essencial para que as deliberações realizadas nas Assembleias Gerais de Debenturistas da 10ª Emissão se tornassem plenamente válidas. As alterações contratuais incluem mudanças significativas, como a nova data de vencimento das debêntures da 1ª e 3ª séries da 10ª emissão, que passa a ser 28 de novembro de 2050.
Além disso, a remuneração dessas debêntures foi ajustada para equivaler à variação acumulada de 100% da Taxa DI, a ser paga em uma única parcela na data de vencimento. Outro ponto importante é a exclusão dos eventos de resgate antecipado das debêntures da 1ª e 3ª séries, assim como a remoção das garantias reais que antes acompanhavam as debêntures da 10ª emissão.
Assessoria e Conclusão do Processo
A assessoria financeira na operação ficou a cargo da One Partners, enquanto os cuidados jurídicos foram realizados pelos escritórios Spinelli Advogados e Pinheiro Neto Advogados. Com esses passos, a Casas Bahia busca não apenas equilibrar suas finanças, mas também se posicionar de forma mais competitiva no mercado, preparando-se para um futuro mais sólido.
