Investigações e Medidas de Saúde
A Bahia confirmou, recentemente, sete casos suspeitos de intoxicação por metanol. A Secretaria de Saúde do Estado informou que já foram iniciadas as investigações para identificar as causas dessas ocorrências, contando com a colaboração do Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs-BA) e do Centro de Informações Toxicológicas da Bahia (Ceatox-BA). Além disso, a vigilância sanitária estadual e municipal, a Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica estão envolvidos na apuração.
A secretaria também enfatizou que exames laboratoriais serão realizados para confirmar os casos e, se necessário, o antídoto específico será administrado. Essa movimentação acontece em um cenário de crescente preocupação com as intoxicações por metanol, que têm afetado várias regiões do Brasil nos últimos meses.
Panorama Nacional de Intoxicações
Entre 26 de setembro e 5 de dezembro de 2025, o Brasil registrou 890 notificações de intoxicação por metanol. Dos casos comunicados, 73 foram confirmados e 29 continuavam como suspeitos até o início de dezembro. Os estados mais impactados incluem São Paulo, com 578 notificações e 50 confirmações, seguido por Pernambuco (109 notificações e 8 confirmações) e Paraná (com seis confirmações).
Além disso, a Bahia contabilizou dois casos confirmados, enquanto o Rio Grande do Sul registrou um. No total, foram confirmados 22 óbitos relacionados à intoxicação por metanol, com São Paulo liderando a estatística com 10 mortes, seguidas por Paraná (três), Pernambuco (cinco), Bahia (uma) e Mato Grosso (três). Nove óbitos adicionais estavam em investigação, sendo cinco em São Paulo, três em Pernambuco e um em Alagoas.
Encerramento da Sala de Situação
No último dia 8, o Ministério da Saúde anunciou o encerramento da sala de situação que foi criada em outubro para monitorar a intoxicação por metanol no país. A portaria correspondente foi publicada no Diário Oficial da União. Conforme informações do ministério, o último caso confirmado ocorreu em 26 de novembro de 2025, relacionado a um paciente que apresentou sintomas três dias antes.
O ministério destacou que, com a redução significativa de novos casos e óbitos, considera que um cenário de estabilidade epidemiológica foi alcançado. Atualmente, todos os estados possuem um estoque garantido de antídotos e uma capacidade aprimorada para realizar diagnósticos, permitindo que a assistência e acompanhamento retornem ao fluxo normal da vigilância das intoxicações exógenas, através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A sala de situação teve início em 1º de outubro, logo após os primeiros relatos de intoxicação, e envolveu múltiplas entidades, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), além de outros ministérios que desenvolveram ações de controle e investigação.
