Recusas que Mudam o Jogo Político na Bahia
Lideranças do União Brasil na Bahia deixaram claro que não há espaço para uma aliança nacional nas próximas eleições de 2026. Tanto o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, quanto o atual prefeito Bruno Reis rejeitaram a proposta de compor como vice em uma chapa presidencial que seria liderada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL). Essa informação foi revelada pelo jornalista Victor Pinto, que obteve detalhes de um jantar político significativo realizado recentemente em Salvador.
Segundo os relatos, ACM Neto optou por recusar o convite para focar sua atenção exclusivamente na disputa pelo governo da Bahia. Seus aliados destacam que sua candidatura estadual é uma prioridade fundamental, considerada crucial para a consolidação do grupo político que lidera no estado.
No que diz respeito a Bruno Reis, a possibilidade de uma chapa não avançou nem mesmo em conversas informais. O nome do prefeito foi mencionado, mas rapidamente descartado. Ele já deixou claro em público que não tem interesse em deixar seu cargo na Prefeitura de Salvador para concorrer a outro posto em 2026, uma decisão que, segundo membros do seu círculo mais próximo, representa uma escolha de baixo risco político.
O tema ressurgiu após a divulgação de informações sobre o jantar que contou com a participação de ACM Neto, Bruno Reis e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Durante esse encontro, foram discutidas análises sobre o cenário político nacional e a viabilidade de uma chapa presidencial com Flávio Bolsonaro, que já se posicionou como pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Além disso, Victor Pinto relatou que Flávio Bolsonaro manifestou interesse em contar com um nome do União Brasil para a vice-presidência, buscando assim ampliar suas alianças e atrair um partido que possua ampla presença nacional e influência no Nordeste. Contudo, tanto ACM Neto quanto Bruno Reis se mostraram irredutíveis, rejeitando as investidas do senador.
Por sua vez, o governador Ronaldo Caiado, que também está inserido nas discussões sobre sucessão no União Brasil, adotou uma postura mais cautelosa. De acordo com o jornalista, Caiado não se comprometeu nem a favor nem contra a possibilidade de formar uma composição futura, mantendo essa questão em aberto.
