Funcionários da Maternidade Tsylla Balbino Relatam Atrasos nos Salários
Funcionários da Maternidade Tsylla Balbino, situada na Baixa de Quintas, em Salvador, estão enfrentando sérios problemas financeiros devido ao atraso nos pagamentos de seus salários, iniciado em outubro deste ano. Além dos vencimentos mensais, os trabalhadores também apontaram que a segunda parcela do décimo terceiro salário, prevista para ser paga até 20 de dezembro, ainda não foi quitada.
De acordo com os relatos dos funcionários, os salários referentes ao mês de outubro foram pagos apenas em dezembro, e os honorários de novembro continuam pendentes. Essa situação persiste, com atrasos se tornando cada vez mais comuns na unidade de saúde.
A Maternidade Tsylla Balbino é gerida pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), que tem um contrato com a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). O Sindicato dos Médicos do Estado (Sindmed) já manifestou preocupações semelhantes em relação aos atrasos salariais em várias empresas terceirizadas que prestam serviços à Sesab.
Uma fonte próxima à situação, que pediu para não ser identificada, criticou a administração por desvalorizar a classe médica, ressaltando que os profissionais de saúde não devem ser vistos como “peças descartáveis”.
“Médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde não podem ser tratados dessa maneira. Sem remuneração regular, fica inviável garantir um atendimento contínuo, seguro e de qualidade. O atraso nos pagamentos não é apenas uma falha administrativa; é uma questão que pode comprometer vidas”, enfatizou o médico em declaração à reportagem.
Por outro lado, a Secretaria de Saúde da Bahia se posicionou negando a existência de atrasos, afirmando que os pagamentos dos salários estão sendo realizados dentro do prazo previsto. O órgão explicou que ajustes administrativos, relacionados à reformulação dos contratos de administração de pessoal em algumas unidades de saúde, estão gerando adequações temporárias nas rotinas operacionais e na atualização dos repasses financeiros.
A situação dos trabalhadores da maternidade é um reflexo de um problema mais amplo que afeta diversos setores da saúde na Bahia. Enquanto a administração estadual tenta justificar a situação, os funcionários continuam a vivenciar um cotidiano de incertezas, que impacta não apenas suas vidas, mas a qualidade do atendimento prestado à população.
