Impunidade e Violência na Bahia
O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), que ocupa o cargo de vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), expressou sua preocupação diante dos recentes casos de violência que culminaram na tortura e execução de três técnicos de internet em Salvador, supostamente a mando de uma facção criminosa. Para Sanches, essa tragédia expõe um problema enraizado na política de segurança pública vigente no estado.
“As facções tomaram conta de bairros, transformando-os em feudos onde cada grupo criminoso busca estabelecer seu domínio. O crime organizado agora controla territórios, como se o Estado tivesse se retirado. Essa situação não é acidental, mas sim o resultado de uma política de segurança que falhou. De fato, a criminalidade actua com a certeza da impunidade”, disse o deputado.
Alan Sanches destacou que a questão é estrutural e se agravou ao longo de quase vinte anos de governos do Partido dos Trabalhadores (PT). “A Bahia hoje é o estado mais violento do Brasil, liderando as estatísticas de homicídios e concentrando metade das cidades mais violentas do país. Essa realidade não pode ser considerada um mero acaso. Infelizmente, a cultura do medo e da insegurança tomou conta do estado, e a violência agora aparece sem aviso”, acrescentou.
A Força das Instituições em Meio ao Caos
Apesar de criticar a situação, Sanches não deixou de reconhecer o esforço das forças de segurança. “Os policiais civis e militares têm se desdobrado diariamente para enfrentar o crime e merecem nosso respeito. No entanto, não é justo colocar sobre eles toda a responsabilidade pela segurança pública. Sem uma mudança significativa na abordagem adotada, o ciclo de violência e impunidade continuará a se perpetuar”, afirmou, enfatizando que o momento demanda uma reflexão profunda e decisões estruturais.
O deputado ressaltou a necessidade urgente de romper com o modelo que se mostrava ineficaz nos últimos anos. “A Bahia precisa mudar sua forma de pensar e se posicionar no combate ao crime. Em 2026, o estado terá a oportunidade de virar essa página, optando por uma gestão que priorize um enfrentamento sério, baseado em estratégias eficazes e resultados palpáveis, em vez de apenas discursos vazios”, finalizou Sanches.
Com essa análise, Alan Sanches não apenas chama a atenção para um problema crítico, mas também convoca a sociedade e os gestores a refletirem sobre a necessidade de uma política de segurança pública que enfrente a violência com efetividade e responsabilidade.
