Ex-presidente do Bahia destaca a persistência na negociação com o Grupo City
A gestão do Bahia como Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tem se destacado como uma das mais bem-sucedidas do cenário nacional nos últimos anos. Em 2023, o clube nordestino conquistou a atenção do Grupo City, famoso por comandar diversas equipes, incluindo o Manchester City e o Girona da Espanha.
Desde a aquisição, o Esquadrão de Aço tem mostrado um desempenho notável, posicionando-se entre os primeiros do Campeonato Brasileiro e garantindo participação pela segunda vez consecutiva na Copa Libertadores. Em uma entrevista recente ao programa CNN Esportes S/A, o ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, compartilhou seus pensamentos sobre a venda do clube ao conglomerado internacional.
Bellintani relembrou que a incursão junto ao Grupo City exigiu uma estratégia insistente por parte da diretoria. “Nós nos apresentamos ao Grupo City, que inicialmente nos deu uma negativa, pois estavam em conversas com outros clubes menores do Brasil para desenvolver projetos de base. Contudo, insistimos até que conseguimos furar essa bolha. Em um determinado momento, eles solicitaram mais informações e a situação mudou. A dívida do Bahia na época era de cerca de 300 milhões de reais, mas estava sob controle. Como SAF, conseguimos fazer com que o investidor quitasse essa dívida logo no início do projeto, sem qualquer custo para o Bahia”, revelou Bellintani.
O Grupo City é sustentado pela família real de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, com o ‘Abu Dhabi United Group’, liderado pelo xeique Mansour bin Zayed Al Nahyan, investindo tanto no Manchester City quanto no Bahia.
Apesar da forte injeção de recursos, Bellintani enfatiza a abordagem responsável na administração do clube por parte do conglomerado. Ele destacou que o objetivo do Bahia é se tornar financeiramente sustentável. “A nossa expectativa é de que o Tricolor alcance um equilíbrio entre receitas e despesas, permitindo que a venda de jogadores gere lucro para o clube. Isso é vital para o nosso futuro”, afirmou.
Bellintani também destacou que o desafio para o médio e curto prazo é garantir a sustentabilidade do Bahia. “Nenhum sheik, mesmo com um grande cheque, está disposto a financiar o clube indefinidamente. O Grupo City é muito cauteloso em relação aos parâmetros de mercado, governança e métodos financeiros”, completou.
Com esse planejamento, o Bahia espera não apenas manter-se competitivo, mas também criar uma base sólida para um crescimento sustentável no cenário do futebol brasileiro e internacional.
