O Papel da Inovação no Crescimento Econômico
O Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, reconhecendo a importância da inovação no crescimento econômico sustentado. Metade do prêmio foi atribuída a Mokyr, professor da Northwestern University, por sua pesquisa que identificou os pré-requisitos para um crescimento duradouro impulsionado por inovações tecnológicas. A outra parte foi dividida entre Aghion e Howitt, que foram homenageados por sua teoria sobre ‘destruição criativa’, afirmando que a inovação não apenas gera novos produtos, mas também elimina o que já existe.
A pesquisa dos laureados elucida um dos grandes enigmas econômicos modernos: a transição de séculos de estagnação para um crescimento econômico contínuo nos últimos 200 anos. Conforme destacado pela Academia, a inovação se apresenta como o motor central desse fenômeno, onde novas tecnologias e métodos de produção continuamente substituem os antigos, promovendo a produtividade e melhorando os padrões de vida globalmente.
— A tecnologia avança e afeta a todos nós, gerando um ciclo permanente de substituição e progresso — enfatiza o comunicado oficial sobre a premiação. — Essa dinâmica é a base do crescimento sustentado que resultou em melhorias significativas na saúde, renda e qualidade de vida em todo o mundo.
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Fonte: olhardanoticia.com.br
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Fonte: curitibainforma.com.br
A Contribuição de Joel Mokyr
Joel Mokyr, um renomado historiador econômico, buscou nas origens da Revolução Industrial as chaves para entender o crescimento sustentado. Ele argumenta que as inovações começaram a se multiplicar quando a sociedade passou a valorizar o conhecimento científico, permitindo que novas descobertas se acumulassem de maneira mais contínua. Antes disso, a humanidade experimentava avanços isolados, sem um fluxo constante de progresso. Mokyr demonstrou que a interação entre ciência e tecnologia foi fundamental para a auto-sustentação do progresso, permitindo que cada nova invenção se fundamentasse em descobertas anteriores.
Além disso, ele ressaltou a importância do contexto cultural e institucional: sociedades que abraçam novas ideias e são receptivas à mudança tendem a manter processos inovadores por períodos mais longos, criando um ambiente propício para a inovação.
A Teoria da Destruição Criativa
Juntamente com Mokyr, Aghion e Howitt contribuíram de forma significativa para a compreensão do crescimento econômico com sua teoria da destruição criativa, apresentada em 1992. Baseando-se nas ideias de Joseph Schumpeter, os economistas desenvolveram um modelo matemático que descreve o crescimento como um processo de inovação que simultaneamente cria e destrói. Cada novo avanço tecnológico não só aumenta a produtividade, mas também ameaça empresas e trabalhadores cujas tecnologias se tornaram obsoletas.
O equilíbrio entre o benefício coletivo e a perda individual, segundo esses economistas, é o que impulsiona o desenvolvimento econômico, embora também gere tensões capazes de desacelerar o progresso. Eles destacaram que em um ambiente institucional que promove concorrência e investimento em conhecimento, o ciclo de destruição criativa pode resultar em prosperidade contínua. Contudo, quando grupos estabelecidos tentam bloquear a inovação, o efeito pode ser a estagnação econômica.
Philippe Aghion, nascido em Paris e único dos laureados vivendo na Europa, recebeu felicitações do presidente francês, Emmanuel Macron, que elogiou a contribuição do economista para o crescimento por meio da inovação, ressaltando que isso não só ilumina o futuro, mas também celebra a influência do pensamento francês no mundo.
Outros Laureados do Nobel de Economia
No ano anterior, o Nobel de Economia foi concedido a Daron Acemoglu, Simon Johnson e James A. Robinson, que exploraram como instituições moldam a prosperidade e a desigualdade. Acemoglu, originário da Turquia, e Johnson, britânico, são pesquisadores do MIT, enquanto Robinson é professor na Universidade de Chicago. Eles utilizaram tanto teorias quanto dados para compreender melhor as divergências na prosperidade entre diferentes nações, enfatizando o impacto das instituições estabelecidas durante a colonização europeia.
O Nobel de Economia, formalmente conhecido como Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968 pelo banco central sueco, complementando os já existentes prêmios em disciplina como física e literatura. Este ano, a premiação reafirma a relevância da inovação e do progresso tecnológico na economia global.