Projeção de Crescimento do PIB Brasileiro
A economia brasileira deve registrar um crescimento de 2,4% em 2025, superando a média da América Latina e do Caribe, que é de 2,3%. Essa previsão foi divulgada pelo Banco Mundial em seu relatório econômico, apresentado na última terça-feira (7). O documento confirma as previsões anteriores, apresentadas em junho deste ano.
O Banco Mundial, uma instituição financeira internacional composta por 189 países, é responsável por avaliar o desempenho econômico de diversas nações. A instituição, com sede em Washington, D.C., foca em oferecer apoio financeiro e técnico a países em desenvolvimento, visando projetos em áreas como infraestrutura, saúde e educação.
Comparativo com Outras Projeções
As estimativas do Banco Mundial para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro indicam crescimento de 2,4% para 2025, 2,2% em 2026 e 2,3% em 2027. Esses números estão acima das projeções do Banco Central do Brasil (BC) e do mercado financeiro nacional. O Relatório de Política Monetária do BC, publicado no dia 25 de outubro, prevê um crescimento de 2% para 2025 e 1,5% para 2024. Por sua vez, o Boletim Focus, uma pesquisa realizada pelo BC junto a instituições financeiras, estima uma alta de 2,16% em 2025.
Leia também: FMI e Banco Mundial Discutem Economia Global e Mudanças Climáticas em Reuniões Cruciais
Fonte: olhardanoticia.com.br
Em 2023, o PIB brasileiro teve uma expansão significativa de 3,4%, o que acende esperanças de um desempenho robusto nos próximos anos. O Ministério da Fazenda é ainda mais otimista, projetando um crescimento de 2,3% para 2025 e 2,4% para 2026, conforme indicado no Boletim MacroFiscal de setembro.
Análise Regional na América Latina e Caribe
Embora o relatório do Banco Mundial não forneça justificativas específicas para cada país, ao analisar a região da América Latina e Caribe, a expectativa é de um crescimento de 2,3% em 2025 e 2,5% em 2026. A previsão para 2025 é a mesma do relatório anterior de junho, enquanto a estimativa para 2026 apresenta uma leve alta de 0,1 ponto percentual. Em 2024, a região cresceu 2,2%, conforme os dados do Banco Mundial.
Entre os países da região, a Guiana se destaca com uma previsão de crescimento de 11,8% este ano, com expectativas de crescimento ainda mais robustas nos próximos anos: 22,4% em 2026 e 24% em 2027. Esse crescimento acelerado deve-se, em parte, à exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma área de grande potencial energético.
No cenário sul-americano, a Argentina também apresenta um bom desempenho, com uma projeção de 4,6% para 2025, embora essa estimativa represente uma diminuição em relação ao que foi previsto em junho, que era de 5,5%. Os economistas destacam que a Argentina está se recuperando após dois anos de contração econômica, apesar de ainda enfrentar desafios significativos.
Os dados menos otimistas vêm da Bolívia, que enfrenta três anos consecutivos de queda no PIB, com projeções de -0,5% para este ano, -1,1% em 2026 e -1,5% em 2027.
Desafios e Perspectivas para a Região
Segundo o Banco Mundial, a América Latina e o Caribe estão com um crescimento mais lento comparado a outras regiões do mundo. Para justificar essa situação, os especialistas apontam tanto fatores externos quanto internos. Dentre os fatores externos, destacam a desaceleração da economia global e a queda nos preços das commodities, dos quais países como Brasil, Chile e Venezuela são grandes exportadores.
No campo interno, questões como a política monetária voltada para o combate à inflação atuam como um freio ao crescimento econômico. Além disso, a baixa taxa de investimento, tanto público quanto privado, e a escassez de espaço fiscal para gastos do governo são problemas que persistem.
O Banco Mundial enfatiza a importância de reformas estruturais para estimular o crescimento na região, abrangendo áreas como infraestrutura, educação e política tributária. Essas reformas são fundamentais para fomentar um ambiente econômico propício ao desenvolvimento sustentável.
“A superação desses desafios exige mudanças profundas, como a melhoria dos sistemas educacionais, o fortalecimento das universidades e a aproximação entre o setor acadêmico e o privado”, conclui o relatório. Essas ações são essenciais para promover um cenário mais favorável para a inovação e o empreendedorismo na América Latina.