Defensoria Pública exige respostas sobre a violência contra indígenas
No extremo sul da Bahia, uma liderança indígena foi baleada em uma manifestação na Fazenda Paraíso, por volta das 17h40. O incidente ocorreu quando um grupo de manifestantes se deslocou até a Fazenda Pero Vaz, onde, segundo relatos, houve um ataque a integrantes da comunidade indígena.
A vítima, que foi atingida no ombro, não estava sozinha. Um jovem da mesma comunidade também sofreu ferimentos ao ser atingido por estilhaços na testa. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil, que registrou o ocorrido como um ataque deliberado.
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Imagens e relatos que circulam nas redes sociais mostram a gravidade da situação. Os membros da comunidade afirmaram que os autores dos disparos fugiram em direção a uma área de mata em dois veículos, e até o momento não foram localizados pelas autoridades.
Após o ataque, as duas pessoas feridas foram socorridas por familiares e amigos. Durante o trajeto até a sede do município, conseguiram encontrar uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros atendimentos e, em seguida, transportou ambos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Prado.
Após receberem os cuidados necessários, as vítimas foram reguladas para o Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, e receberam alta na madrugada desta quinta-feira (2).
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A Defensoria Pública da União se manifestou sobre o caso e exigiu providências dos órgãos de segurança pública para que a investigação sobre o ataque seja realizada de forma rigorosa. A situação é alarmante e evidencia a necessidade de proteção para os direitos dos povos indígenas em meio a conflitos territoriais que têm se intensificado na região.
A Polícia Civil acrescentou que a Força Nacional foi acionada para fornecer apoio na área, reforçando a segurança e colaborando na coleta de informações sobre o incidente. A motivação e a autoria do crime são questões que agora estão sob investigação, e a comunidade aguarda respostas.
O caso levanta preocupações sobre a segurança das lideranças indígenas e o aumento da violência em conflitos fundiários. O cenário atual exige uma resposta efetiva das autoridades para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e que a paz retorne a essas comunidades.
Além disso, o Tribunal de Justiça autorizou a criação de novas varas de proteção para lidar com conflitos ambientais e fundiários, uma medida que pode contribuir para a resolução de casos semelhantes no futuro.